terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Luiza vota contra alteração da APA-Cabuçu

Luiza vota contra alteração da APA-Cabuçu
“O desenvolvimento socioambiental sustentável já estava garantida no projeto original”, diz.

Presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Qualidade de Vida, a vereadora Luiza Cordeiro votou contra a alteração no projeto que criou a Área de Proteção Ambiental Cabuçu-Tanque Grande.
“Nossa previsão das consequências resultantes das ações humanas advindas desta alteração de lei são catastróficas não apenas para a qualidade de vida, mas também para a segurança da própria vida”, declara a vereadora.
O projeto foi apreciado em Plenário na última sessão legislativa de 2011, na sexta-feira, 16. Apesar do voto contrário, a alteração proposta pelo Executivo foi aprovada.
“Os estudos que levaram a criação da APA, sua aprovação pelos vereadores e sanção pelo Executivo consumiram anos onde ocorreram intensos debates. Foram muitas audiências públicas com participação popular e de especialistas. Já para a proposta de alteração houve pouco debate, não podemos concordar”, disse Luiza.
Três dias antes da votação, na terça-feira, 13, uma audiência pública realizada na Câmara promoveu discussão sobre a proposta de flexibilização na APA. A ata registra de forma clara as preocupações suscitadas por cidadãos desta cidade, muitos deles com formação técnica-científica pertinente ao assunto bastante elevada.
As preocupações apresentadas por Luiza estão ligadas a proteção do Parque Estadual da Cantareira, imensuráveis serviços de regulação termal à região, distribuição de águas, uma vez que segundo estudos 80% das partículas ficam retidas na vegetação e preservação do meio ambiente como um todo.
“A supressão vegetal que poderá ser feita, após a alteração desta lei, interfere no ciclo hidrológico. Teremos a intensificação do ciclo das águas, digo ciclo das chuvas. As águas escorrerão do norte da cidade que é elevado, para sul com predomínio de planícies e partes menos elevadas. Poderemos ter erosões”, argumenta.
Por fim, Luiza disse esperar sensibilidade e responsabilidade para com o destino da área que é tão importante a todos, tão frágil e tão ameaçada pela lógica predatória que tem norteado as ações humanas.
Gutemberg Tavares
Comissão de Comunicação
PCdoB - Guarulhos

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Audiência pública debate APA Cabuçu

Presidida pela vereadora Luiza Cordeiro (PCdoB), a Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Qualidade de Vida realiza hoje, na Câmara Municipal a partir das 19h, uma audiência pública em que serão debatidas as propostas de alteração na Área de Proteção Ambiental Cabuçu-Tanque Grande.
As alterações propostas pela prefeitura autorizam a construção de empreendimentos imobiliários em parte da região classificada atualmente como Área de Proteção Ambiental.  O déficit habitacional e a necessidade de se destinar áreas para a construção de moradias são alguns dos argumentos apresentados pelo Executivo.
Com forte atuação nas questões ambientais do município, Luiza acredita que a audiência pública é uma boa oportunidade para que os interessados manifestem suas opiniões. Luiza afirma que o Conselho Gestor da APA tem condições de dar importante contribuição no debate.
“Para aprovar o projeto travamos um longo e intenso processo de discussão. Felizmente em dezembro de 2010, com 33 votos favoráveis, a APA foi aprovada. Considerando a necessidade de desenvolvimento da cidade, penso que qualquer alteração deve ser evolutiva, de maneira que este desenvolvimento ocorra de forma sustentável”, diz a vereadora.
Ainda na opinião da comunista, a APA Cabuçu é um instrumento valioso para a preservação de uma região tão importante para a qualidade de vida de milhões de pessoas.
Conforme relatório da Universidade de Guarulhos (UNG), a APA em questão abrange cerca de 60 km², que vai do Cabuçu ao Tanque Grande. O benefício com sua implantação pode se estender a 17 mil km² e a mais de 10 milhões de habitantes da região metropolitana de São Paulo. Isso porque o Parque da Cantareira, onde está instalado o Núcleo Cabuçu, faz parte da chamada Reserva da Biosfera Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, que abrange 73 municípios paulistas e é protegida pela Unesco.