terça-feira, 31 de março de 2009

A mídia nas eleições em Guarulhos

Os bons veículos não precisam de artifícios para crescer

Acredito que nunca na história da nossa cidade houve uma disputa tão acirrada para a Prefeitura quanto em 2008, não só por causa da ida de dois candidatos ao segundo turno, mas também pela mídia guarulhense. Setores da mídia local tiveram um comportamento nada jornalístico, do ponto de vista ético e moral. Por incrível que possa parecer para alguns descrentes, os dois jornais de maior circulação na cidade tiveram no processo eleitoral uma postura impecável. Divulgaram, analisaram pesquisas e apuraram os fatos verdadeiros, sem pender para um lado ou para o outro da balança política, agindo assim com transparência e responsabilidade.
Nessa procura para informar melhor o leitor, infelizmente, porém, um grupo jornalístico e alguns programas das emissoras de assinantes da cidade tiveram um comportamento vergonhoso, do ponto de vista da imparcialidade. Essa vontade tamanha de se posicionar por um lado, por companheiros da imprensa, veio recheada de "aditivos". Tudo que aprendemos sobre o verdadeiro papel da informação jornalística ficou arranhado, devido aos factóides criados, pesquisas manipuladas e matérias depreciativas, sem ouvir o outro lado, assim quebrando todo o código aprendido nesse meio tão importante para a nossa sociedade.
Para quem gosta do jornalismo pautado pela imparcialidade, foi muito duro passar próximo de um comitê de campanha e ver na rua um dono de jornal e um apresentador de programa brindando a ida de um candidato ao segundo turno.
Como acreditar nas matérias desse jornal ou nesse apresentador que, na mesma semana da eleição, mostrava uma fita de compra de apoio ao candidato governista num hipermercado, sem ao menos mostrar na tela as imagens? É de se lamentar atitudes como esta de companheiros da área.
A nossa mídia, na cidade, não precisa desses artifícios politiqueiros para crescer. Basta ver exemplos de grupos que estão crescendo porque estão levando a informação de forma responsável, através da melhora dos seus serviços, e, com isso, estão conseguindo sobreviver devido à qualidade do que apresentam para os seus leitores e o retorno para os seus anunciantes.
É imprescindível que façamos essa reflexão. Se não, tornaremos a ver mais do mesmo.

Auriel Filho
Professor e Psicólogo
Secretário de Comunicação
PCdoB/Guarulhos
Se a moda da ditabranda pega ...

A mídia quer passar a ideia de que a ditadura foi branda

Agora a mídia golpista quer passar aos leitores que a ditadura e seus atos contra civis foram brandos no regime militar. Gostaria que eles saíssem da redação e fossem falar isso na cara de milhares de famílias que perderam seus entes queridos. Aliás, não é de hoje que a Folha de S. Paulo, razão do meu artigo, faz essas brincadeiras de mau gosto. Na primeira vez, fez gozações com os nordestinos por causa do Lula ser de lá, como se nordestino não tivesse direitos nesse Brasil plural.

A Folha, e alguns dos seus colunistas, ainda não tiveram o que merecem e por isso abusa tomando posições nada jornalísticas, e sim, com um caráter apelativo e nada imparcial. A Veja São Paulo também é outra que deu cria a um hitlerzinho chamado Diogo Mainard para atacar colegas de imprensa e quem não comunga de suas idéias no meio. O Mephisto da obra de Goethe em "Fausto", ficaria horrorizado e com medo de perder o seu poder no inferno para Mainard de tanto maquiavélico que ele é. Aliás, acredito que ele deveria fazer psicanálise. Quem sabe ele não melhora da síndrome de narciso?

Em São Paulo, ao meu ver, a mídia está sofrendo de uma histeria que tem um nome: "Monopólio das Publicidades Oficiais". Não vou entrar nem no mérito da Rede Globo ainda, senão seria páginas e mais páginas. Mesmo assim, a Folha, como a Veja, nunca foram tão beneficiadas com verbas estaduais e municipais de publicidade. Deve ser por isso que você não vê nenhuma nota contra as escolas de lata do Kassab, a corrupção na polícia estadual onde aparece o adjunto de Segurança Pública como pivô central. Deve ser por isso também que eles não divulgam os erros e equívocos do governo Serra e etc.
A dita da Folha e da Veja só é branda com o Kassab e com Serra, mas com essas milhares de famílias a dita é dura e cruel...

Essa moda com pessoas inocentes não pode pegar, o país já vive um surto de inversão de valores, onde o bom vira mau e o mau vira o bom. Por isso, a Folha recuou com pedidos de desculpas, mas só isso não basta, não é família Frias?

Auriel Filho
Professor e Psicólogo
Secretário de Comunicação
PCdoB/Guarulhos


Manuela D'ávila concorre em site para ser a política mais bonita do mundo

A deputada federal Manuela D'ávila (PCdo B/RS) entrou na disputa que vai escolher a política mais bonita do mundo.

A eleição é feita por um site de notícias da Espanha, que também realiza votações on-line para escolher, entre outros assuntos, o jogador mais feio da história e as mortes mais trágicas de todos os tempos. Manuela é a única brasileira na lista de beldades políticas, que também inclui a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e a presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

A brasileira se diz surpresa com a presença na lista e nega que vá pedir votos para ganhar a disputa. "Acho que essa é uma campanha que não se pede votos. Mas acho que é um reflexo da dificuldade que se tem de se conviver com mulheres na política, é tratado como um fenômeno mundial, não é algo que só acontece no Brasil", afirma Manuela. Apesar da visibilidade propiciada pela disputa, ela afirma que não espera dividendos eleitorais de ter seu nome citado entre as políticas mais bonitas. "Acho que não ajuda nem atrapalha na política porque o povo separa uma coisa da outra. Não acho que vão dar um valor para isso maior do que a minha atuação política", disse. A liderança da eleição da política, por enquanto, está com a congressista peruana Luciana León, que conseguiu somar mais pontos até o momento. Para participar da escolha, o internauta atribuiu uma pontuação que vai de 1 a 5 para a política.
Fonte: Agência de Notícias

quinta-feira, 26 de março de 2009

Comunicação, Um Direito Humano

Na expectativa do anuncio oficial, daquela que será a Primeira Conferência Nacional Sobre Comunicação, setores do meio, como associações e empresas já se preparam. A sociedade também precisa se inteirar.

Se usarmos como parâmetro países europeus, constataremos que a imprensa chegou ao Brasil com pelo menos três séculos de atraso, tal demora é sem duvida um dos caminhos para se investigar o porquê dos grandes monopólios no setor de comunicação em nosso país.
Para explicar a demora brasileira em ingressar no que, Marshall Mcluhan – teórico dos meios de comunicação – chamou de “Galáxia Guttenberg”, predominam duas correntes.
Numa prevalece à idéia de que o motivo principal foram as dificuldades impostas por nossos colonizadores portugueses, na outra o retardo é explicado por uma série de fatores culturais. Sem negar os empecilhos lusitanos, os defensores dessa tese vêem como preponderante a falta de urbanização e o analfabetismo, imperantes nos primórdios do “Brasil – colônia”.
Fato é que em 1808, com a chegada da Corte Portuguesa, tem-se início as primeiras atividades de imprensa no Brasil, e somente agora, 201 anos depois, a sociedade brasileira terá a primeira oportunidade de promover um debate amplo sobre a comunicação em nosso país.
Apesar da nítida contrariedade por parte de Hélio Costa, Ministro das Comunicações, o Presidente Lula anunciou no mês de Janeiro deste ano, que até o final de 2009 o governo promoverá a realização da “Primeira Conferência Nacional de Comunicação”. O tema defendido para o tão pleiteado e esperado momento é, “Comunicação Como Um Direito Humano”. Segundo alguns estudiosos da matéria, a “comunicação só não é mais vital que a sobrevivência física”.
A conferência acontecerá em três fases, uma municipal – não obrigatória –, uma estadual e para finalizar, a etapa nacional. Entidades Sociais que se engajaram na luta pela conferência, partidos políticos, e também as grandes empresas monopolizadoras do setor, Rede Globo, por exemplo, já se preparam para o grande debate de idéias.
Falta agora uma mobilização concreta por parte da sociedade brasileira, que é a maior vítima da falta de transparência e ética promovida pelas grandes mídias. A sociedade tem com o amplo debate, a oportunidade de questionar os grandes monopólios e o papel dos veículos de comunicação em nossa sociedade, cobrar transparência, idoneidade, e compromisso social dos comunicadores, bem como das grandes corporações do setor. A conferência pode proporcionar novas diretrizes, uma legislação para propaganda infantil, por exemplo. Por fim, é também a oportunidade para a sociedade procurar em conjunto novas alternativas para a circulação da informação, meios de fácil acesso ao público, sem a manipulação dos fatos.

Gutemberg M. Tavares
Secretaria de Comunicação
PCdoB - Guarulhos

Guarda Chuva Furado

Na última terça-feira, 17 de fevereiro, a cidade de São Paulo mais uma vez foi inundada por enchentes, e ao contrário do afirmou o prefeito Gilberto Kassab (DEM), a cidade não está preparada para enfrentar enchentes.

A tempestade que castigou a Grande São Paulo durou cerca de duas horas, o suficiente para provocar 58 pontos de alagamento somente na Capital Paulista. Ao contrário do que pareceu o volume de chuva não foi o maior da história, esteve no mesmo nível da última grade tempestade que caiu em 14 de janeiro.
A chuva torrencial também provocou danos ao transito paulista, no total foram mais de 201 km de congestionamento, número que segundo o Jornal da Tarde é record para o trimestre.
Em São Bernardo do Campo a água invadiu os pátios das montadoras Ford e Mercedes Benz e causou um enorme prejuízo as empresas. Nó pátio da Ford estavam cerca de 300 veículos que foram inundados pela água, na Mercedes algumas dezenas de chassis de caminhões e ônibus também foram danificados pela enchente.
Com transito caótico, Expresso Tiradentes parado por quatro horas, algumas linhas da CPTM inoperantes e o restante assim como o metro circulando em velocidade mínima o trabalhador que tentava voltar para casa foi quem mais sofreu.
Em matéria publicada pelo Jornal da Tarde, Gilberto Kassab disse em 10 de novembro de 2008, que a capital estava preparada para enfrentar enchentes, os fatos ocorridos há poucos dias desmentem o prefeito e fazem com que a população interprete suas palavras como um Guarda-Chuva furado, que diante de uma chuva de nada serve.
O problema com as enchentes em São Paulo realmente não é de fácil solução, o Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andréa Matarazzo, disse que os despejos irregulares de entulho pela cidade entopem galerias, canais e bueiros. Alem dessa prática comum a alguns cidadãos, “os sacos de lixo levados pelas águas causam alagamentos pontuais”. Estima-se que por dia cerca de 3 mil toneladas de lixo e entulho sejam despejadas nas ruas de São Paulo.
A solução para este problema que prejudica milhares de famílias, que com a invasão das águas perdem o pouco que tem, pede o envolvimento comum de toda a sociedade, sendo assim a população precisa se conscientizar a cerca de onde deposita o lixo que produz.
Na outra vertente, a pública, a população espera por compromisso e vontade política, além do incentivo a políticas de reciclagem de lixo, principalmente os detritos domésticos.
Uma autoridade, como o democrata Gilberto Kassab, não deveria fazer brotar na população, através de afirmações folclóricas, a falsa sensação de segurança em relação ao velho problema das enchentes em São Paulo, pois dessa forma Kassab pode ficar conhecido como o “Prefeito Nostradamus”, porém com menos acertos que o apotecário e pretenso médico da Renascença.
Gutemberg M. Tavares
Secretaria de Comunicação
PCdoB - Guarulhos
José Serra se cala diante de mais um escândalo na Policia Civil de São Paulo

Sob gestão do Governador de São Paulo José Serra (PSDB), a Polícia Civil de São Paulo, vive nos últimos anos uma de suas piores fases.

O mais recente caso de corrupção na Polícia Civil de São Paulo, surge por meio de denúncia feita pelo Investigador de Polícia Afonso Pena. Beneficiado por um acordo de Delação Premiada, Pena acusa o Ex-Secretário Adjunto de Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto de uma série de crimes.
O investigador, que a pedido do diretor da Corregedoria da Polícia Civil, Alberto Angerami, foi transferido do presídio da Polícia Civil para o Presídio de Tremembé - “Se continuasse entre seus pares, Pena podia ser morto”, disse – entregou ao Ministério Público Estadual, uma gravação em áudio e vídeo, onde Celso Valente, primo e sócio do na época Secretário Adjunto de Segurança Pública, aparece negociando a compra de cargos, absolvição e reintegração de Policiais Civis expulsos.
No último dia 5, José Serra abandonou uma entrevista coletiva após ser indagado sobre como se sentia ao ver que seu nome havia sido usado na suposta negociata (no vídeo, Valente diz a seu interlocutor que ninguém tinha idéia do conceito que o Laurinho tinha com o governador). Marzagão, titular da Secretária de Segurança Pública se dirigiu aos jornalistas dizendo, “o assunto é comigo, não com ele”.
Em pouco mais de um ano e meio, a Polícia Civil de São Paulo acumula diversos escândalos, que se tornaram graves à medida que investigações feitas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, revelaram o suposto envolvimento de sua cúpula a crimes como, tráfico de drogas, extorsão, tortura, seqüestro, venda de CNH e o mais recente, a venda de cargos na Polícia. (leia detalhes dos casos abaixo). A questão da corrupção nas polícias, e neste caso especial na Polícia Civil, requer uma profunda reflexão sobre as políticas de segurança, ética, salários, condições de trabalho dos policiais, bem como na competência e honestidade dos responsáveis por sua gestão.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia de São Paulo, Sérgio Roque, disse que a entidade deve convocar um ato em defesa da moralidade na Segurança Pública. A data não está marcada, mas a ideia nasceu por causa das denúncias de corrupção do investigador Pena. Uma das palavras de ordem do ato deve ser "policial não é ladrão, queremos apuração". Segundo Roque, "nenhuma medida efetiva foi adotada no sentido de coibir a prática dos ilícitos noticiados e punir os acusados". Para ele, essa "lamentável omissão coloca todos os policiais na desconfortável posição de suspeitos". Ele repeliu as afirmações de Celso Valente de que o inquérito policial e o processo administrativo nada valem.
Todos os acusados negam calorosamente as acusações, no entanto o Diretor-Geral da Corregederoria da Polícia Civil, Alberto Angerami, não descartou chamar o Secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão para depor. E avisou: "Eu não me submeto a pressões." Diante de escândalos “escandalosos” o que se torna mais escandaloso é a omissão escandalosa da maior autoridade do Estado de São Paulo, o Governador Jose Serra do PSDB.

Abaixo matéria completa com histórico dos últimos casos.

Em Julho de 2007 estourou na mídia o caso que ficou conhecido como “Chokr e os Caça-Níqueis”. O advogado Jamil Chokr dirigia um Vectra blindado pela Marginal Tietê, quando na tentativa de escapar de um assalto bateu seu carro, o acidente teve proporções sérias, por isso Chokr necessitou de ajuda. A Polícia Militar foi acionada e prestou socorro ao advogado, contudo o que parecia apenas uma simples ocorrência tomou rumos de escândalo. Policiais Militares, ao fazerem uma checagem no veículo do advogado, encontraram uma suposta lista de propina e R$ 27 Mil Reais em envelopes endereçados a 29 distritos e delegacias seccionais de São Paulo. Havia até bilhetes com pedidos aos policiais de cada delegacia, como "por enquanto, parem de bater", endereçado à 6ª Seccional (Santo Amaro).
Em conversas gravadas pela Polícia Federal surgiram nomes de empresários, investigadores e delegados, parte da cúpula da Polícia Civil tentou ainda desqualificar o material apreendido, levantando suspeita de fraude contra os PMs. Fora alguns afastamentos e promessas feitas pela Secretaria de Segurança Pública, nada mais foi feito.
Em Outubro, também de 2007, veio à tona outro escândalo de corrupção, “Pórrio e os achaques”. O Delegado Pedro Luiz Pórrio foi preso sob acusação de chefiar esquema de extorsão contra o mega-traficante colombiano Juan Carlos Abadia, e de achacar um traficante de Campinas. O Delegado e sua equipe foram a Campinas em busca de José Silas Pereira da Silva, acusado de envolvimento com o tráfico de entorpecentes, Silas foi encontrado e após torturas a ele e a irmã os policiais encontraram cerca de R$ 40.000,00 Reais. Não satisfeitos seguiram com o acusado até a casa de um amigo, onde continuaram as agressões objetivando mais dinheiro. O crime foi descoberto porque a Polícia Federal monitora alguns amigos de Silva.
Em abril de 2008 surge a acusação de “Achaques com o PCC”. Segundo reportagem feita pelo “Estado de São Paulo”, o caso veio à tona depois que a ex-mulher do investigador da Polícia Civil, Augusto Pena, entregou CDs com escutas telefônicas feitas pelo policial. Pena e o também policial José Roberto Araújo são acusados de terem seqüestrado por dois dias, em 2005, um enteado de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder do PCC. O jovem foi liberado após o pagamento de R$ 300 Mil Reais de resgate.
Ambos foram afastados das ruas, suspeitos do crime. Porém algum tempo depois, 2007, foram reintegrados ao serviço, depois de suposta ordem do então Secretário-Adjunto de Segurança Pública, Lauro Malheiros Neto, contudo após pedido do Ministério Público Estadual, Pena e Araújo foram presos novamente em 30 de abril de 2008, poucos dias depois Malheiros Neto pediu demissão. Sua queda está relacionada a um possível envolvimento pessoal com os dois policiais presos.
No desenrolar da investigação, agora em 2009 Afonso Pena denunciou em depoimento ao Ministério Público, ao qual o jornal “Estado de São Paulo” teve acesso, uma série de crimes, tais como, arrecadação de dinheiro da máfia dos bingos e caça-níqueis, pagamentos de propina para anular a expulsão de policiais corruptos e a existência de um mercado de venda de cargos importantes da Polícia Civil, ainda constam das acusações à venda de carteiras de motoristas, achaque a criminosos e empresários, uso de viaturas em segurança privada e até a apropriação de dinheiro da gasolina da polícia.
O homem que se diz amigo do ex-Secretário Adjunto da pasta Lauro Malheiros Neto, a quem ele acusa de montar um esquema de corrupção, afirma que os policiais corruptos continuam recebendo propina mesmo depois de presos.
Segundo Pena, havia 200 inquéritos na delegacia sobre bingos e caça-níqueis. Dependendo do tamanho da casa de jogo, a propina era de R$ 20 mil a R$ 200 Mil Reais mensais, sempre em dinheiro. O suposto “mensalão” da polícia era cobrado para que os inquéritos não fossem adiante. Uma parte ficava com seus chefes. Outra seria levada por Pena a Malheiros Neto. Pelo serviço, Pena recebia R$ 4 mil por mês.
A acusação se estende ao delegado Fábio Pinheiros Lopes (Deic), que nega ter montado um esquema de arrecadação de propina, conforme acusações feitas pelo ex-subordinado.
O ex-Secretário Adjunto da Segurança, Lauro Malheiros Neto, afirmou que seu primo e sócio, o advogado Celso Augusto Hentscholer Valente, é pessoa idônea e acredita que ele foi vítima de uma armação criada com o fim de atingi-lo.
As denúncias deste último caso seguem sob investigação, contudo é importante lembrar, que há poucos meses ainda tivemos o caso que ficou conhecido como a “Máfia do Detran”, que resultou na prisão de 19 pessoas, dentre elas dois delegados e um corregedor do Detran, e o vergonhoso confronto entre as Polícias Civil e Militar.
Todos esses fatos deixam brechas para que os setores da sociedade cobrem uma limpeza na Segurança Pública de São Paulo, bem como uma posição firme do Governo, pois caso contrário suas polícias podem perder a credibilidade e o respeito para com a sociedade.

Gutemberg M. Tavares
Secretaria de Comunicação
PCdoB - Guarulhos

terça-feira, 24 de março de 2009

Vereadora Luiza Cordeiro participa da audiência pública sobre os mananciais da Região Metropolitana de São Paulo na ALESP

A Frente Parlamentar em Defesa da Água Limpa, coordenada pelo deputado José Cândido (PT), realizou nesta quinta-feira, 19/03, na Assembléia Legislativa de São Paulo - ALESP, audiência pública para discutir a situação dos mananciais da Região Metropolitana de São Paulo. Compuseram a mesa o Secretário de Política Urbana do município de Suzano, Miguel Reis Afonso; da Vereadora Luíza Cordeiro - PCdoB, presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente na Câmara Municipal de Guarulhos - CPDMAQV, e do arquiteto e urbanista Renato Arnaldo Tagnin.
O evento lotou o Auditório Franco Montoro com representantes de diversas entidades ligadas à defesa do meio ambiente e de estudantes da área ambiental. Durante uma apresentação de imagens com informações sobre a situação da água no planeta e em especial na Região Metropolitana de São Paulo, principalmente das obras como a do Rodoanel que tem sido vetores de ocupação de Área Permanente de Proteção - APP, Renato demonstrou o mau uso dos recursos hídricos, assim como a expansão humana sem planejamento, são os principais fatores que provocam a escassez da água, por que ao ignorar o espaço da água, ações como aterramentos e desvios de curso de rios e córregos acabam provocando, de um lado, a falta do recurso e, de outro, enchentes e alagamentos. Luiza Cordeiro apresentou a atual situação da mata da Cantareira que está sobre forte pressão da expansão urbana entre a Zona Norte de São Paulo e Guarulhos.
A necessidade da ALESP ajudar na ação de conservação dos mananciais que mantém o Baquirivú vivo, desde a sua nascente em Arujá até desaguar no rio Tietê, num percurso de 26km. Luiza Cordeiro também alertou que o aterro da Klabin está na eminência de suprimir mais de 110mil m² de vegetação nativa, e que pode criar sérios problemas de drenagem na Rodovia Presidente Dutra e Av. Tancredo Neves. E para estreitar os laços entre a Frente Parlamentar e a Comissão do Meio Ambiente serão agendadas reuniões para avaliar e tomar medidas em defesa dos mananciais da nossa cidade.

segunda-feira, 23 de março de 2009


PCdoB realiza Plenária com a militância e se prepara para o 12º Congresso Nacional

Se preparando para o 12º Congresso Nacional Partidário em outubro, o comitê municipal do PCdoB em Guarulhos, promoveu uma Plenária Geral com a sua militância no último sábado, na Câmara Municipal com cerca de 100 pessoas entre filiados e simpatizantes e aprovaram uma Resolução Política que vai nortear as ações do partido até a sua conferência que será realizada no segundo semestre de 2009.

Estiveram presentes no ato, a Presidente Estadual Nádia Campeão, lideranças de bairros e políticas da cidade e ainda contou com a presença do Prefeito Sebastião Almeida que enfatizou a importância do PCdoB na construção da democracia e da luta pelos direitos civis no país. Já a presidente estadual Nádia Campeão disse que o partido vem crescendo muito em todo território nacional e discorreu sobre a crise econômica que está mexendo com a vida do trabalhador. Segundo ela, a crise não é nossa, mas sim do capitalismo, onde o sistema vem sofrendo abalos constantes e que demonstra que a sua derrocada está prestes a acontecer. “Apesar do Brasil sentir a crise, devemos entender o que realmente está acontecendo com o sistema capitalista e devemos contribuir para achar soluções para que os nossos trabalhadores não percam os seus empregos e não fiquem inseguros sobre o futuro do país”, frizou. Na sua fala a presidente do PCdoB em Guarulhos Luiza Cordeiro ressaltou que o partido avançou muito na cidade e disse que é possível ainda fazer política de um modo diferente, valorizando as ações partidárias, se posicionando perante aos problemas e assumindo responsabilidades apenas com o município e com as pessoas. “Estamos crescendo com qualidade, as novas lideranças que nos procuram sabem da nossa seriedade e do nosso compromisso com o bem público e com o trabalhador”, salientou.

A Resolução Política
O partido que o projeto Ousadia foi positivo pelo fato de que pela primeira vez na história o PCdoB de Guarulhos lançou uma candidatura majoritária com Adilson Valente, fortalecendo e divulgando a legenda 65.
Devemos considerar na avaliação que o crescimento do partido na cidade é real, tendo em vista que, nesse pleito de 2008 saímos para a disputa com estrutura própria, o que mostra maturidade na direção partidária que conseguiu criar essas condições.
Com relação às candidaturas proporcionais, o partido saiu com 36 candidatos a vereador e se coligou com o PDT, o que fortaleceu o diálogo com a sociedade e qualificou os debates em toda imprensa local por tratar de partidos de luta em defesa do trabalhador. O PCdoB obteve nessas eleições com seus candidatos 16.628 votos e 785 de legenda, perfazendo um total de 17.413 votos, coeficiente eleitoral que possibilitou pela terceira vez elegermos uma vereadora, a camarada Luiza Cordeiro com 2.073 votos. Ficamos com a 1ª suplência da coligação com o camarada Francisco José Bezerra (Chicão) que obteve 1.382 votos, além disso, a coligação PCdoB e PDT, foi a 4ª mais votada, com mais de 24 mil votos.

No segundo turno das eleições para prefeito, mantendo nossa coerência ideológica e consultando as instâncias partidárias, uma vez que não existe mais alinhamento automático, o PCdoB devido à polarização entre PT e PSDB, decidiu apoiar a candidatura do PT, realizando algumas ações como por exemplo: continuar com cinco comitês funcionando, plenárias com alguns dos mais destacados quadros nacionais do partido, carreatas e liberação da militância para as mais variadas atividades, pois o projeto “Para Guarulhos continuar no rumo certo” representava naquele momento os anseios da população. Conseguimos em conjunto com outras forças do município eleger o novo prefeito da cidade abrindo espaço na Assembléia Legislativa para o camarada Pedro Bigardi que assume a vaga no Legislativo Estadual após decisão liminar.

Avanços e Desafios
Para travar esse novo embate, dado o avanço das forças capitalistas conservadoras, precisaremos aplicar a nossa linha política com mais firmeza para fora do partido, devemos nos posicionar fazendo o debate e dando opiniões à cerca dos temas de preocupação geral da população como educação, saúde, segurança, habitação, meio ambiente e em tantas outras que acharmos necessários.

O partido precisa expor as suas idéias para uma gama maior da nossa sociedade e para isso tem que se inserir nesses debates, além de qualificá-los.
Partindo desse principio, é preciso que o partido faça um monumental esforço para formar novos quadros e lideranças que possam ajudar nesse projeto político partidário. Além disso, temos que dar vida aos organismos de base estratégicos do PCdo como: servidores municipais, professores, jovens comunistas, ambientalistas, ajudar a formar OB’s de lideranças que queiram participar da vida orgânica e eleitoral e dar a direção política do partido aos movimentos sociais ligados a nós.

Isso requer também uma ampla valorização da nossa militância presente e atuante em todas as frentes de luta que necessitam de mais acompanhamento do nosso partido. No cumprimento desse sistema de tarefas, será decisivo o empenho da direção para elevar a sua organização e a formação consistente desses filiados que entraram durante o ultimo período e que ainda precisam ser chamados para atuar de forma mais decisiva,necessitando de uma maior atenção da Séc. de Formação e Organização. Teremos o desafio daqui por diante de cuidar mais e melhor do partido e temos que avançar no nosso projeto visando maior protagonismo dentro da nossa cidade.

domingo, 22 de março de 2009


PCdoB de Guarulhos realiza Ativo de Mulheres

Em evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher, o PCdoB de Guarulhos realizou o Ativo de Mulheres, no dia 07 de março.
Afim de discutir as resoluções políticas do partido, aprovadas na 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher, os presentes se reuniram na sede do partido onde, também, se posicionaram quanto ao papel da União Brasileira de Mulheres - UBM Guarulhos - no movimento.
A seguir, entrevista com Rosa Mendroni, vice-presidente do PCdoB de Guarulhos.

PCdoB - O Ativo de Mulheres, realizado no último dia 07, além de homenagear as mulheres, teve qual finalidade?

Rosa Mendroni - Na verdade o ativo não teve a finalidade de homenagear, mas de discutir as resoluções políticas do partido aprovadas na 1ª Conferência Nacional do PCdoB sobre a Questão da Mulher, dar formação teórica e incentivar para a participação da Caminhada "Não vamos pagar pela crise" que ocorreu no dia 08 de março na Av. Paulista, com saída na Praça Oswaldo Cruz, passando pela Av. Brigadeiro Luiz Antonio e terminando com um Ato Político no Ibirapuera.

PCdoB - O que foi apresentado e discutido como metas e objetivos do coletivo de mulheres?

Rosa Mendroni - Foi apresentado um documento fazendo um breve histórico da opressão sobre a mulher, a nossa concepção marxista emancipacionista, o papel da UBM no movimento, e as resoluções, além do espaço para as mulheres colocarem seus pontos de vista. Foi agendada uma Plenária de Mulheres para o dia 11 de abril.

PCdoB - Quais as ações que a UBM desenvolve na cidade e nacionalmente? Quais são as bandeiras, as atividades?
Rosa Mendroni - A UBM Guarulhos participa da luta por melhores condições de vida para as mulheres, realiza palestras, participa das Conferências Municipais. Ajudou na luta pela implementação da Coordenadoria da Mulher e nacionalmente existe desde 1988, e luta contra a discriminação, preconceito e em defesa de uma sociedade socialista. Publica cartilhas, folhetos e suas idéias são divulgadas através da Revista Presença da Mulher.

PCdoB - Diante desta polêmica sobre o aborto da garota de 9 anos que foi vítima de pedofilia e da excomunhão dos envolvidos na interrupção da gravidez pela Igreja Católica, qual o posicionamento das mulheres em relação a atitude do Arcebispo de Recife?

Rosa Mendroni - O PCdoB e a UBM são a favor da discriminalização do aborto, solidários a equipe médica que promoveu a interrupção da gravidez da menina, por se tratar de estupro e pelo risco de vida da garota, além do trauma da violência ocorrida.

Na minha opinião a Igreja e a Ciência andam em descompasso no tempo. À pouco tempo a igreja reconheceu que foi injusta com Galileu que afirmava que a Terra girava ao redor do sol, portanto não era o centro do Universo. A Igreja Católica tem o seu papel, mas precisa se atualizar, pois corre o risco de perder fiéis com atitudes como estas.

PCdoB - A UBM guarulhense é coordenada por quem? Quantas pessoas fazem parte?

Rosa Mendroni - A UBM Guarulhos está em fase de reestruração após o falecimento da Isis. Atualmente, está representada pela Elen e Flávia e participam da coordenação municipal aproximadamente 16 mulheres.