terça-feira, 23 de junho de 2009

Livros da discórdia: ponto de vista



Já havia acontecido um erro nos conteúdos didáticos do livro de geografia que a Secretaria Estadual de Educação enviou para as escolas públicas, isso ainda podemos até relevar devido as questões de correções e etc. Mas não vim falar especificamente disso, quero apenas falar dos livros enviados para leitura que o governo Serra enviou para os milhares de alunos das escolas do Estado de São Paulo. Longe de achar ruim que livros sejam dados gratuitamente, mas o problema é outro, gostaria que os pais tentassem ler esses livros e fizessem uma auto critica sobre se os conteúdos ali são próprios para o entendimento dos seus filhos com idade de 11 e 12 anos. Os livros são esses: O coruja, autor Aluisio Azevedo, Editora Global, Papéis avulsos, autor Machado de Assis, Editora Educacional, As infâncias de Manoel de Barros, Editora Planeta, autor Manoel de Barros. Vou apontar aqui alguns problemas que vejo nessa ação onde o governo dá livros e não elabora em cima disso uma orientação de leitura e interpretação dos conteúdos dos mesmos. Esses livros foram entregues em março e até hoje não foram usados como fator de introdução a leitura e interpretação desses textos, além disso a temática dos livros para quem conhece os nossos autores do passado como Machado de Assis e Aluisio Azevedo são extremamente complexos, principalmente os termos de época que na sua grande maioria são fora do usual no momento. É bom lembrar que estou falando de um tipo de livro para a leitura e entendimento dos estudantes de 11 a 12 anos da 6ªsérie do ensino fundamental II. Voltando ao assunto é preciso que os especialistas que colocam no seu planejamento livros paradidáticos respeitem a fase que a maioria dos alunos com essa idade se encontram. Nessa fase o aluno precisa ser introduzido a livros lúdicos com mais imagens e com menos textos, devemos lembrar que essa é a segunda fase de iniciação a literatura para o aluno, as vezes esse mesmo aluno nunca passou pela primeira fase que é direcionada na pré escola e no fundamental I(1ª a 4ª série) e portanto vai odiar pegar um livro fora do seu campo global. Não quero levar a pensar que pessoas dentro da educação estadual tenham relações mais do que educacionais com algumas editoras ao ponto de fechar os olhos para a minha indagação sobre os critérios que fazem uma secretaria a fazer escolhas que não visam as fases que os alunos se encontram. Não quero acreditar que estão empurrando livros que estão encalhados no almoxarifado dessas editoras por causa de amizades escusas entre donos de editora e o setor de compra da Secretaria Estadual de Educação, longe disso, prefiro acreditar que foi mais um erro do governo Serra na educação. Para encerrar e para não dizer que fiz a crítica apenas por fazer quero indicar para os membros que cuidam desse assunto alguns livros que vão respeitar essa fase que citei dos estudantes com 11 e 12 anos. Livros que indico: Meu pé de laranja lima(realidade), autor José Mauro de Vasconcelos, Editora Melhoramentos, Lendas chinesas( fantasia), autor Eraldo Miranda, Editora Salesiana e Lico Pirulito( poesia infantil), autor Jorge Lasar, Editora Espaço Idea.

Auriel Filho é psicólogo e formado em Literatura.

domingo, 14 de junho de 2009


Casa Abrigo de Guarulhos
A questão do abrigamento vem sendo utilizada desde a promulgação do ECA, como ferramenta de auxílio na proteção da criança e do adolescente nos casos de abuso, negligência e violência, sendo a medida protetiva de abrigamento importante para este fim.
Ela é desenvolvida, na cidade, pela Secretaria da Assistência Social e Cidadania, através da Casa Abrigo municipal, desde 1987, encaminhando crianças e adolescentes de volta para casa, assim, podemos dizer que esta medida protetiva esta sendo funcional, porém, a discussão tem que ser ampliada, não somente ficando apoiada em resultados, mas sim como chegou-se aos resultados obtidos, quais as verdadeiras necessidades da criança ou adolescente no momento; A intenção é, deste artigo, tentar rever as condições e a qualidade do atendimento dentro do ambiente estrutural da casa abrigo como principal e único meio de abrigamento na cidade.
Os abrigados em alguns casos provêm de famílias pobres, tendo graves problemas de relacionamento ou às vezes com vícios que podem atrapalhar ou até mesmo impedir o progresso da criança e do adolescente enquanto cidadãos, o objetivo é, então, que a medida de abrigamento neste momento venha para reverter este quadro ou pelo menos conscientizar as partes de seus atos. Espera-se, assim, do abrigo condições propícias para o cumprimento desta premissa, tendo material físico e humano para que as necessidades dos abrigados sejam nutridas em tempo.
O levantamento desta questão se deu pelo motivo de que estas condições não estão a altura do que se propõe a casa, deixando algumas funções importantes sem a devida atenção, e com relação as instalações faltam melhorias para que atendam de uma maneira digna as crianças e adolescentes encaminhados.
Sabemos da capacidade do secretário relacionado ao assunto, esperamos, então, que use todo o conhecimento e das idéias postas antes de assumir, feito através de críticas, deixando questões políticas de lado e assumindo de vez a causa pela proteção da criança e do adolescente.
Portanto, é de importância que seja feito algo para que se reverta este quadro de puro descaso sobre esta situação ou então terá que ser criada outra casa para abrigar por negligência as crianças e adolescentes de um órgão que se criou para exatamente cuidar deste assunto.


Wal Lima,
É professor de Língua Portuguesa,
Literatura e escritor.
134%, A Alma do “Negócio” !!!
Apesar do recuo na arrecadação, Gilberto Kassab (DEM) aumenta em 134% as verbas destinadas à publicidade...
Em anos pré-eleitorais, Kassab costuma aumentar significativamente o valor destinado a propaganda de seu governo. Essa é a constatação a que chegou a bancada petista na Câmara dos Vereadores de São Paulo.
Conforme matéria publicada na última terça-feira, 26, pelo jornal “Folha de São Paulo”, um levantamento feito pelos vereadores petistas revelou que nos quatro primeiros anos da gestão José Serra (PSDB)/Kassab (DEM) -de 2005 a 2008-, a média de gastos foi de cerca de R$ 40 milhões, com pico de R$ 58,5 milhões em 2007, ano em que Kassab preparava sua candidatura è reeleição.
Mesmo sem perspectivas de concorrer nas próximas eleições, Kassab, que já gastou R$ 33,7 milhões com propaganda este ano, acrescentou mais de R$ 45 milhões para fazer publicidade de sua gestão. Ao final de 2009, calcula-se que a prefeitura terá gasto R$ 78,8 milhões com publicidade, o dobro do orçamento previsto no inicio do ano.
O dinheiro virá, segundo decretos publicados no “Diário Oficial da Cidade”, de economias feitas pela prefeitura em 2008.
A iniciativa do Prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (DEM), vai contra o atual cenário financeiro da cidade. Devido à crise econômica mundial, a prefeitura diminuiu em R$ 3 bilhões a previsão de arrecadação para este ano. Pelos novos cálculos, entrarão nos cofres da cidade R$ 24,5 bilhões, antes a previsão era de 27,5 bilhões.
Ainda segundo matéria da “Folha”, o governo municipal confirmou que os mais de R$ 45 milhões serão gastos em publicidade, no entanto, procurando amenizar o impacto negativo da exuberância publicitária, foi divulgada uma nota na qual a prefeitura diz que os recursos destinados às áreas sociais, saúde e transporte, por exemplo, também foram reforçados. “Outro exemplo, segundo a nota, foi a liberação de R$ 17,2 milhões para a realização do Grande Prêmio de Fórmula 1”.
O fato de o super-aumento ocorrer mais uma vez em véspera de ano eleitoral, é argumento para questionamentos da oposição e também de boa parte dos paulistanos.
No pleito onde Kassab se reelegeu, ficou explicita a idéia de propaganda como alma do “negócio”, ou melhor, da política. No decorrer da campanha, além do impulso publicitário, Kassab fez diversas promessas que não foram cumpridas, como por exemplo, a de que um pacote de melhorias para o trânsito de São Paulo, com nove obras, seria entregue em abril deste ano. Até a data prevista para a conclusão, as obras se quer tinham sido iniciadas, e a nova previsão de entrega ficou para abril de 2010, um ano depois do previsto. Além disso, valor orçado que era de R$8,1 milhões, foi elevado para R$15,4 milhões.
Como justificativa! Erro de cálculo...
Mesmo não concorrendo a nenhum cargo nas próximas eleições, Kassab, poderia com o reforço publicitário, está criando um cenário positivo à possível candidatura de Jose Serra (PSDB) a Presidência da República. É o que pensam alguns integrantes da oposição. Kassab e seu partido, Democratas, são os principais aliados de Serra e do PSDB em São Paulo.
Para os entendedores de política, a divulgação das ações realizadas por um governo, em todos os níveis, é algo necessário, porém o aumento em 134% para esta tarefa, demonstra por parte de Kassab, falta de prioridade.
A cidade de São Paulo é carente em necessidades básicas, como saúde, saneamento básico e moradia, nessas áreas, R$ 45 milhões ajudariam de forma significativa a melhorar o município.
Gutemberg M. Tavares,
É jornalista e menbro da secretaria de
Comunicação PCdoB Guarulhos – SP.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Vereadora Luiza Cordeiro foi a unica a votar contra proposta de criação de cargos na câmara municipal sem concurso público

Os vereadores de Guarulhos aprovaram a criação de mais de 250 vagas em comissão. Foram votados dois projetos ontem. Um abriu 138 vagas para a Câmara Municipal e o outro 116 para a Prefeitura.

Os vereadores de Guarulhos aprovaram a criação de mais de 250 vagas em comissão. Foram votados dois projetos ontem. Um abriu 138 vagas para a Câmara Municipal e o outro 116 para a Prefeitura. Além disso, foram criados 91 cargos para a câmera, mas estes por concurso. Só uma vereadora queria que fosse tudo por concurso. A maioria decidiu que os novos funcionários públicos serão escolhidos em cargos de confiança.

A tarde e a noite de ontem foram de muita conversa, mas talvez nem precisasse. A oposição voltou em peso junto com a situação. E foram aprovados os cargos em comissão. "Último pessoal que foi admitido na casa foi em torno de 1985, então, de lá para cá nós não temos mais estrutura nenhuma”, diz Alan Neto, PSC, presidente da Câmara Municipal de Guarulhos.

Na votação, foram 30 votos a favor e só um contra, da vereadora Luiza Cordeiro, que defende as contratações, mas não por livre escolha dos parlamentares. "Nós precisamos que estes cargos sejam de fato concursados, e que eles atendam a um nível técnico, que faça com que o trabalho seja em um nível mais elevado”, diz Luiza Cordeiro, vereadora do PC do B.