quarta-feira, 8 de abril de 2009

Desesperômetro do PSDB

A falta de ética em tentar ridicularizar a maior autoridade do Brasil, reflete o desespero do PSDB em relação às próximas eleições e ao criarem o que foi chamado de “Mentirômetro do Lula” os tucanos só se esqueceram que em sua toca o telhado é vidro.

Demonstrando desespero em relação à exacerbada popularidade do Presidente Lula (PT), José Aníbal e outros líderes e partidários do PSDB, tomaram a péssima iniciativa de inaugurar, no último dia 1º de abril, - conhecido como dia da mentira - um painel chamado de “Mentirômetro do Lula”. Usando o personagem Pinóquio para ilustrar o painel, escolheram 18 frases ditas por Lula ao longo de seu mandato e as classificaram como, mentira do século, mentira de bar, mentira deslavada etc.

Os tucanos, contudo, não levam em consideração que se houvesse um “Oscar da Mentira Política”, dois de seus principais representantes, Fernando Henrique Cardoso e José Serra, seriam donos de ao menos uma estatueta cada.

Derrotado nas eleições presidenciais de 2002, em 2004 José Serra foi candidato a prefeito de São Paulo, na época seus concorrentes o acusavam de fazer da prefeitura um trampolim para o governo de São Paulo, o que causava desconfiança por parte dos eleitores.

Em debate exibido pela TV Record, no qual estavam presentes os principais candidatos à Prefeitura de São Paulo – Paulo Maluf, Marta Suplicy, Luiza Erundina – o apresentador Boris Casoy perguntou aos munícipes se eles assumiam o compromisso de cumprir o mandato integralmente, e se em caso de descumprimento do compromisso recomendavam ao eleitor que nunca mais votassem neles. José Serra foi o segundo a responder, e enfaticamente assumiu o compromisso de cumprir o mandato até o fim, seguindo a linha de Maluf, pediu ainda em caso de não cumprir a promessa, que seus eleitores nunca mais votassem nele. “Embora alguns candidatos adversários gostem de dizer que eu sairei candidato à Presidência da República ou ao Governo do Estado, eu assumo esse compromisso, meu propósito, minha determinação é governar São Paulo por quatro anos”. Essas foram às palavras de José Serra.

Ao responder se pretendia deixar o cargo para Kassab e usar a prefeitura paulista como trampolim eleitoral, conforme reportagem publicada em 2004 pela Folha de São Paulo disse, “Só se Deus me tirar a vida. Só saio se houver uma desgraça que me envolva”. Para documentar a mentira, Serra ainda assinou um documento com os mesmos termos e registrou em cartório.

Para alguns o compromisso assumido por Serra contribuiu decisivamente para sua vitória. Dois anos após ter assumido a prefeitura Serra renunciou para concorrer ao governo de São Paulo, assumiu em seu lugar Gilberto Kassab. Sem dúvida nenhuma, José Serra mentiu para seus eleitores. Paulo Henrique Amorim escreveu em seu bolg, “o que Serra fala não se escreve e o que Serra escreve não se lê”.

Se mentira fosse premiada com “Oscar”, a contada por José Serra ganharia uma estatueta, outra que não perderia o prêmio, envolve Fernando Henrique Cardoso, que praticou durante os oito anos em que esteve na presidência da república, a política do Neoliberalismo que se mostra agora uma “mentira mundial”.
A iniciativa de José Aníbal amiúda o PSDB e não leva em conta o velho ditado sobre o telhado de vidro, os mais de 129 mil eleitores que o conduziram ao quarto mandato como parlamentar, e inclusive seus adversários políticos, esperam do Deputado Federal uma oposição lisa e em nome dos interesses do povo, não práticas desrespeitosas e ofensas baratas.
Na política é natural que existam posições diferentes, contudo é inaceitável que o fazer oposição de José Aníbal, líder do PSDB, extrapole o limite do desrespeito em nome de prováveis candidatos de seu partido.
Gutemberg M. Tavares
Comissão de Comunicação
PCdoB - Guarulhos

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