quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O Centro de Memória do PCdoB trás uma entrevista do nosso 1º Presidente Prof.Hamilton


Com a criação do Centro de Memória vamos relembrar algumas histórias do partido. Nessa primeira reportagem sobre o assunto em comemoração aos 88 anos do PCdoB quero trazer uma entrevista de 2003 dada ao Alerta Guarulhos pelo dirigente comunista Prof. Hamilton Felix que foi o 1° Presidente em Guarulhos. O partido devido às resoluções do 10° Congresso e da 9ª Conferência adotava uma nova estratégia e tática para crescer com mais força dentro do proletariado brasileiro. O partido neste ano de 2010 vai completar 32 anos de atividades na cidade de Guarulhos.

A G: Em que data foi sua filiação ao Partido Comunista do Brasil?

Hamilton Felix: Não há uma data precisa, mas devemos considerar dois momentos que foi a entrada no PCdoB ainda na clandestinidade em 1975 e filiação formal, já na legalidade, portanto, entre 1985 e 1986.

A G: De quando foi à data de fundação do partido na cidade?

HF: Não teve fundação propriamente dita, mas o PCdoB na cidade começou suas atividades em torno de 1978. Havia antes apenas um núcleo pequeno de filiados que discutia questões sobre partido, mas não era ainda um diretório.

AG: Você se lembra quais foram às pessoas ligadas a este inicio?

HF: Lembro das pessoas, mas não sei os nomes, porque eu vim pra Guarulhos em 1980.

AG: Qual foi o primeiro dirigente do partido em Guarulhos?

HF: O primeiro a direcionar as reuniões foi o militante Marcos Francisco Alves, ainda não havia uma direção formada.

AG: O senhor foi presidente do partido em que período?

HF: De 1983 a 1993 e de 1996 a maio de 2003

AG: Qual era o numero exato de militantes durante os primeiros anos do partido?

HF: Em torno de 10 filiados

AG: Quais desses filiados continuam militando no partido?

HF: Marcos Francisco Alves, Luiza Cordeiro da Silva, Isaldo Elói da Silva e eu.

AG: Quando foi feito o primeiro movimento de filiações no partido?

HF: Por volta de 1986 e 1988

AG: E nunca pensou em desistir?

HF: Apesar das dificuldades, nunca pensei em desistir

AG: O que fez você se manter firme? Valeu à pena?

HF: Permaneci todo esse tempo no partido por convicção ideológica. Sim, valeu a pena.
Acompanhamos e participamos de todas as lutas e transformações importantes que ocorreram em nosso país, nas duas ultimas décadas. “Toda luta vale a pena, se a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).

AG: Para quem não conhece, o partido vem crescendo de forma desenfreada? Ele está fora de controle?

HF: Desde o inicio da década de 90, os dirigentes máximos do nosso partido têm insistido na necessidade de se forjar um partido de massas, aberto aos trabalhadores e ao povo em geral. Essas idéias ganharam força no 10° Congresso e foram reafirmadas com vigor em nossa 9° Conferência realizada em 29 de junho de 2003. O crescimento que ora se verifica deve ser saudado com alegria e entusiasmo. Somente com um grande partido é que podemos atingir nossos objetivos políticos e caminhar no rumo da construção do socialismo que é nosso objetivo maior. Problemas que por ventura apareçam, poderão e deverão ser resolvidos com o debate político interno e com a formação ideológica que nossa organização seja capaz de oferecer.

AG: Hoje possuímos dois vereadores Luiza e Chicão dos Metalúrgicos. Quais são as suas expectativas?

HF: Que continuem fazendo um bom mandato ajudem a fortalecer o partido e que sejam reeleitos na próxima eleição. Esperamos também que nossa chapa eleja outros vereadores.

Comunicação do PCdoB

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