terça-feira, 13 de julho de 2010

Luiza questiona corte de árvores


Secretarias de Transporte e Trânsito e Meio Ambiente explicam a supressão

Após constatar que duas árvores foram suprimidas da frente da Câmara Municipal, no mês de junho, a vereadora Luiza Cordeiro (PCdoB) passou a questionar o motivo do corte. Primeiramente procurou o presidente do Legislativo que não soube explicar o porquê da derrubada. Em seguida usou a Tribuna da Câmara durante sessão Legislativa e manifestou preocupação com a supressão. Na sexta-feira, 8, durante reunião da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Qualidade de Vida da Câmara com as secretarias de Transporte e Trânsito (STT) e Meio Ambiente, Luiza foi informada que uma obra de alargamento da Rua João Gonçalves motivou o corte das árvores.

Rosemeire Rodrigues, representante da STT, apresentou à Luiza o projeto que prevê a diminuição da calçada da João Gonçalves, esquina com a Avenida Tiradentes, em cerca de dois metros. O objetivo, segundo Rosemeire, é desafogar o intenso transito de ônibus no local e oferecer mais segurança aos pedestres, pois no ponto onde se pretende realizar a intervenção os coletivos realizam manobras de curva e passam muito perto das pessoas que estão na calçada. “Já registramos alguns acidentes no local, inclusive um fatal”, disse.

Marli Araújo, diretora de Meio Ambiente, disse que o corte foi autorizado devido a um pedido apresentado pela STT e que tentou retardar a supressão. Após as explicações Luiza questionou o porquê de se começar a obra pelo impacto ambiental, sendo que na prática os trabalhos ainda não foram iniciados. “Cortaram as árvores e cimentaram os pontos nos quais estavam suas raízes. Isso é sinal de que os trabalhos não o irão começar logo, pois se vai ter que quebrar a calçada para alargá-la, não faz sentido cobrir os buracos deixados devido ao abatimento das árvores”, argumentou.

Continuando a questionar, Luiza argumentou dizendo que obra nenhuma deve ser iniciada pelo impacto ambiental. “Neste caso, para o inicio da intervenção ainda é necessário que se retire do local um ou dois postes. Por que não esperaram primeiro a retirada dos postes? O Meio Ambiente não pode ser submisso as demais Pastas, o corte antecipado destas árvores foi desnecessário”, disse

Diante dos argumentos de Luiza, Marli declarou que nos próximos projetos e intervenções a serem realizadas, a Comissão de Meio Ambiente da Câmara será informada para que seus membros possam contribuir. Para Marli houve uma falha de comunicação, que não irá mais ocorrer. Da mesma forma ponderou Rosemeire, da STT. “É necessário haver uma maior integração entre as secretarias e a Comissão para debater os projetos que contenham impactos ambientais”, declarou.

Ao final da reunião o secretario de Meio Ambiente Alexandre Kise informou a Luiza que haverá uma compensação ambiental para reparar o abatimento das duas árvores. “Pelo projeto apresentado percebo que há espaço para uma compensação, inclusive com o plantio de quatro árvores”, concluiu.

Gutemberg Tavares
Comissão de Comunicação
PCdoB - Guarulhos

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