quinta-feira, 26 de março de 2009


Guarda Chuva Furado

Na última terça-feira, 17 de fevereiro, a cidade de São Paulo mais uma vez foi inundada por enchentes, e ao contrário do afirmou o prefeito Gilberto Kassab (DEM), a cidade não está preparada para enfrentar enchentes.

A tempestade que castigou a Grande São Paulo durou cerca de duas horas, o suficiente para provocar 58 pontos de alagamento somente na Capital Paulista. Ao contrário do que pareceu o volume de chuva não foi o maior da história, esteve no mesmo nível da última grade tempestade que caiu em 14 de janeiro.
A chuva torrencial também provocou danos ao transito paulista, no total foram mais de 201 km de congestionamento, número que segundo o Jornal da Tarde é record para o trimestre.
Em São Bernardo do Campo a água invadiu os pátios das montadoras Ford e Mercedes Benz e causou um enorme prejuízo as empresas. Nó pátio da Ford estavam cerca de 300 veículos que foram inundados pela água, na Mercedes algumas dezenas de chassis de caminhões e ônibus também foram danificados pela enchente.
Com transito caótico, Expresso Tiradentes parado por quatro horas, algumas linhas da CPTM inoperantes e o restante assim como o metro circulando em velocidade mínima o trabalhador que tentava voltar para casa foi quem mais sofreu.
Em matéria publicada pelo Jornal da Tarde, Gilberto Kassab disse em 10 de novembro de 2008, que a capital estava preparada para enfrentar enchentes, os fatos ocorridos há poucos dias desmentem o prefeito e fazem com que a população interprete suas palavras como um Guarda-Chuva furado, que diante de uma chuva de nada serve.
O problema com as enchentes em São Paulo realmente não é de fácil solução, o Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras, Andréa Matarazzo, disse que os despejos irregulares de entulho pela cidade entopem galerias, canais e bueiros. Alem dessa prática comum a alguns cidadãos, “os sacos de lixo levados pelas águas causam alagamentos pontuais”. Estima-se que por dia cerca de 3 mil toneladas de lixo e entulho sejam despejadas nas ruas de São Paulo.
A solução para este problema que prejudica milhares de famílias, que com a invasão das águas perdem o pouco que tem, pede o envolvimento comum de toda a sociedade, sendo assim a população precisa se conscientizar a cerca de onde deposita o lixo que produz.
Na outra vertente, a pública, a população espera por compromisso e vontade política, além do incentivo a políticas de reciclagem de lixo, principalmente os detritos domésticos.
Uma autoridade, como o democrata Gilberto Kassab, não deveria fazer brotar na população, através de afirmações folclóricas, a falsa sensação de segurança em relação ao velho problema das enchentes em São Paulo, pois dessa forma Kassab pode ficar conhecido como o “Prefeito Nostradamus”, porém com menos acertos que o apotecário e pretenso médico da Renascença.
Gutemberg M. Tavares
Secretaria de Comunicação
PCdoB - Guarulhos

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